Fonte: https://www.familiaide.com.br/podemosteajudar?gclid
Ficar triste é uma condição normal da vida. Esse sentimento está relacionado à vivência de situações que geram angústia ou frustração. Sentir-se triste depois de perder um emprego, tirar nota ruim em uma prova ou terminar um relacionamento, por exemplo, é comum.
Em alguns momentos, as pessoas podem experimentar uma tristeza mais profunda. Por exemplo, quando precisam lidar com a morte de alguém querido.
As pessoas que desenvolvem um transtorno depressivo têm sintomas que vão além da tristeza. A depressão é um desequilíbrio nos neurotransmissores, o que causa alterações nas respostas emocionais, principalmente aquelas relacionadas ao prazer e bem-estar.
Diferente da tristeza temporária, no diagnóstico da depressão é verificada a existência de sintomas por pelo menos seis meses. Além disso, em um quadro depressivo há comprometimento de diversas atividades da vida cotidiana, como os relacionamentos sociais, o trabalho, o sono, a alimentação, etc.
A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
A depressão pode ser provocada por uma desordem na produção dos neurotransmissores, como a serotonina, noradrenalina e dopamina, que exercem influência sobre o humor, a ansiedade e o estado afetivo. Ou seja, uma depressão orgânica.
Hoje também se considera a possibilidade de que o transtorno depressivo possa ser recorrente de uma pequena inflamação do cérebro, que ocasionaria deficiências no sistema neurorreceptor, ou seja, mesmo com níveis adequados de neurotransmissores os indivíduos predispostos estariam mais suscetíveis à doença devido a essa falha. A predisposição genética deve ser levada em consideração, porém é importante verificar se a depressão não é de origem reativa (como a perda de um ente querido, a separação de um cônjuge, um problema no trabalho, a constância de tensão, cobrança, que pode levar a uma reação depressiva).
Fatores ambientais, como o estresse e as más condições de trabalho, podem também funcionar como um gatilho para o surgimento do transtorno depressivo.
Como a depressão é uma doença multifatorial, o melhor tratamento é aquele que se inicia pelo trabalho psicológico. Se o psicólogo, após a avaliação e intervenções - que promovam alterações de hábitos, comportamentos e ambientes -, entender a necessidade de inclusão de uma abordagem biológica, como o uso de medicamentos, indicará/orientará um trabalho conjunto com um médico neurologista ou psiquiatra.
Em muitos casos, o estresse adrenal ou a exaustão suprarrenal, como também é conhecida a sobrecarga da glândula suprarrenal, pode simular a depressão. Esse estado gera um aumento na descarga de adrenalina, que desencadeia sintomas parecidos com o da depressão, como fadiga, desânimo, falta de vontade de levantar da cama, etc. O problema pode surgir nas situações de estresse e também quando a pessoa fica muitas horas sem comer e, dessa forma, o organismo precisa liberar adrenalina para extrair glicose do fígado, a fim de manter o nível adequado de açúcar no sangue. A criança pequena com fome, por exemplo, fica irritada, chorosa. Você dá comida e ela melhora, porque isso é um estado de estresse agudo. Assim que cessada a causa, que seria a baixa glicose, ela melhora. O adulto se adapta a essa falta de glicose, mas com descarga de adrenalina, que vai sobrecarregando a suprarrenal com o tempo até entrar no que chamamos de exaustão de suprarrenal. E isso se assemelha muito à depressão.
Para evitar essa situação é essencial se alimentar a cada três horas para reduzir as oscilações da glicose no sangue. Quanto mais alteração houver na glicose, mais chance de apresentar alteração de humor durante o dia por causa das várias liberações de adrenalina e cortisol. E isso cronicamente acaba fazendo com que o indivíduo possa estar mais sujeito a adoecer. Além disso, a falta de nutrientes adequados também favorece a manifestação da depressão, e que uma alimentação balanceada é essencial para diminuir a sua ocorrência. O ômega 3 [ácido graxo] é super importante no tratamento e prevenção da depressão.
A depressão é classificada de acordo com a sua intensidade — leve, moderada ou grave. A pessoa que apresentar alguns sintomas e sinais (descritos abaixo) deve procurar um profissional de saúde mental para a efetivação do diagnóstico. Enquanto mais cedo comprovar o transtorno, mais rápido o tratamento poderá surtir bons resultados.
Como qualquer outra máquina, o corpo humano, quando sobrecarregado, tende a apresentar problema nos pontos individuais de maior suscetibilidade.
A depressão pode durar semanas ou mesmo anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pelo psiquiatra e o psicólogo.
Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e deverá ser escolhido segundo o perfil do paciente.
O acompanhamento psicológico é essencial, pois ajudará o paciente a entender o transtorno, desmistificar as causas e construir estratégias de enfrentamento e superação, principalmente quando a descoberta é recente, pois há um período de adaptação ao medicamento.
Quando a depressão não for de causa orgânica, o psicólogo irá ajudar, no momento certo no "desmame" no remédio.
Cansaço extremo
Fraqueza
Irritabilidade
Angústia
Ansiedade exacerbada
Baixa autoestima
Insônia (ou sono de má qualidade)
Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
Pensamentos pessimistas
Pensamentos frequentes sobre a morte
Comportamentos compulsivos
Dificuldade para se concentrar
Problemas ou disfunções sexuais
Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia
Fatores de risco
Histórico familiar
Transtornos psiquiátricos correlatos
Estresse crônico
Ansiedade crônica
Disfunções hormonais
Alteração abrupta de peso
Sedentarismo e dieta desregrada
Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
Uso excessivo de internet e redes sociais
Traumas físicos ou psicológicos
Pancadas na cabeça
Problemas cardíacos
Separação conjugal
Enxaqueca crônica
Os quadros de depressão ocorrem sob lucidez da consciência. Todavia, a atenção está frequentemente prejudicada. Em alguns casos, diferentemente, ocorre rigidez de atenção, e o indivíduo fica tão intensamente aderido a determinadas lembranças dolorosas que ignora tudo mais.
Estímulos são percebidos com menor intensidade, assim, a comida parece insossa; as cores, mais opacas; os sons, pouco vibrantes, etc. Eventualmente, encontram-se ilusões catatímicas: o estado afetivo de tristeza ou medo causa a deformação de uma percepção. Um exemplo disso seria o indivíduo erroneamente identificar um som de tiros a partir de ruídos corriqueiros.
Alterações da memória comumente estão presentes, como consequência da dificuldade de concentração e do desinteresse em relação ao ambiente, diminuindo a capacidade de registrar novas informações, de formar novas lembranças de longo prazo.
A pessoa com depressão normalmente fala pouco (oligolalia ou laconismo) e, em casos com características catatônicas, apresenta mutismo. Além disso, fala em um volume baixo (hipofonia) e devagar (bradilalia), podendo haver um aumento da latência pergunta-resposta. Algumas vezes, ocorre diminuição ou perda da modulação afetiva da fala: hipoprosódia ou aprosódia, respectivamente.
Os sujeitos em depressão com frequência apresentam uma aparência descuidada. Muitas vezes deixam de tomar banho, escovar os dentes, pentear os cabelos, fazer a barba (homens) ou depilar as pernas (mulheres). É comum a preferência por roupas escuras. A atitude pode ser lamuriosa, com o paciente queixando-se o tempo todo de seu sofrimento, ou indiferente, quando ele se volta excessivamente para dentro de si e ignora o ambiente e as outras pessoas.
EM MOMENTOS DE DEPRESSÃO OU DE MOMENTOS DE PROFUNDA TRISTEZA NA QUAL VOCÊ OBSERVA QUE NÃO ESTÁ CONSEGUINDO SUPORTAR SOZINHO, BUSQUE AJUDA.
A VIDA É CURTA PARA QUEM QUER, MAS ELAS PODE SER MARAVILHOSA PARA QUEM BUSCA A FELICIDADE.
Fontes:
https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/diferencas-entre-depressao-e-tristeza
https://www.medley.com.br/podecontar/preciso-ajuda/nem-tudo-e-melancolia
https://saude.abril.com.br/medicina/depressao-sintomas-diagnostico-prevencao-e-tratamento/
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5885/psicopatologia_e_diagnostico_da_depressao.htm